Este tipo de instrumento português surge com seis cordas com ordem simples, e é muito utilizado para acompanhar a guitarra portuguesa ou as violas. Possui ainda uma boca redonda, braço longo, dezassete trastes, a caixa de tampos chatos e paralelos, com cinta larga. Em certos casos raros, a caixa dos violões e o seu cavalete mostra formas de fantasia (com formas de peixes). A afinação mais usada da mais grave para a mais aguda é Mi lá Ré Sol Si Mi.

É um cordofone vindo da velha guitarra espanhola, que sofreu alterações radicais em relação à sua forma e com a adição de uma sexta corda, o Mi grave. Estas guitarras com seis cordas já surgem nos princípios do século XVII. No entanto, em Portugal, parece que este cordofone começou a ser introduzido por emigrantes durante as primeiras décadas do séc. XIX. É um tipo de instrumento muito utilizado no Entre Douro ao Minho. “O violão é chamado mesmo apenas de «viola», estabelecendo uma grande confusão de nomenclatura. Quando aí se quer indicar a verdadeira viola, acrescenta-se a esta palavra o qualificativo de braguesa, de arame, etc” (Oliveira, 1982, p.222). É utilizado sobretudo como instrumento para acompanhar outros, em muitas ocasiões, como chulas, rugas, cânticos, tunas, o fado, etc. ”Como a viola e os demais cordofones em geral, e de acordo com as suas características organológicas e éticas, também o violão é um instrumento da expansão lúdica e inteiramente excluído de funções ou figurações cerimoniais” (Oliveira, 1982, p.223). É muito utilizado em vário estilos de música, nomeadamente, música erudita, flamenco espanhol, música popular, fado, entre muitos poucos. Também conhecida como viola ou violão no Brasil, é presente em quase todos os estilos musicais, sendo um instrumento que tocado em conjunto com o piano é algo muito popular.

Bibliografia
Oliveira, E. V. (1982). Instrumentos Musicais Populares Portugueses. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.