Possui dez cordas de aço (que fazem 5 ordens com cordas duplas), e a sua boca, ou centro, possui a forma de uma “boca de raia”, mas antigamente são vistos modelos em representações antigas, em que as suas bocas eram redondas ou ovais. Costuma possuir entre os 72 e 90 cm.

Tem várias afinações, que procuram acompanhar o tom de outro instrumento. As afinações mais conhecidas são a “Mouraria Velha”, onde a terceira corda, que é um Si, é afinada uma oitava acima da outra afinação, conhecida como a “Moda Velha”.

Para técnicas utiliza o rasgado, o varejado como o cavaquinho, mas também existem tocadores que combinam o rasgado com o varejamento.

Cordofone mais popular no noroeste do país, sobretudo o Minho e o Douro, vinda da vihuela espânica medieval. “ Ela toca-se aí a solo ou a acompanhar o canto, ou, mais correntemente, ao lado do cavaquinho, e, modernamente, do violão, às vezes do bandolim e rabeca, e sobretudo da guitarra, hoje em dia secundada pela harmónica e acordeão (…).” (Oliveira, 1982, p.197). É muito utilizada em rusgas, chulas e acompanhar festivas e cânticos.

Bibliografia
Oliveira, E. V. (1982). Instrumentos Musicais Populares Portugueses. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.