O cavaquinho tem por definição quatro cordas, 12 trastos, e é costume não exceder o comprimento de 52 cm. A sua boca ou centro costuma ter a forma de um “raia”, embora por vezes também surja com a boca redonda.

A sua técnica baseia-se em tocar em três formas: ponteado (toca-se nota a nota), rasgado (com os quatro dedos da mão direita, sem ser o polegar) e varejado (da mesma forma que o rasgado, mas acrescentando o dedo polegar).

“Ele tem um grande número de afinações, que, como sucede com a viola, variam conforme as terras, as formas musicais e até tocadores; geralmente, para tocar em conjunto, o cavaquinho afina pela viola; a corda mais aguda põe-se na máxima altura aguda possível” (Oliveira, 1982, 203).

Não se tem a certeza de onde surgiu, mas defende-se que derivou dos tetracórdios helénicos, e outros indicam que veio do requinto espanhol (um cordofone muito parecido com o cavaquinho). “Seja como for, foi no Minho que este instrumento teve o maior acolhimento em Portugal, tendo-se transformado num “cartão de visita” do folclore daquela região. Há referências de construção deste instrumento, em Guimarães e Braga, desde há cerca de 300 anos.” (Gouveia & Neves, n.d.). Muito utilizado no acompanhamento do repertório tradicional português, é também utilizado no Algarve pelas charolas, no canto das janeiras.”O cavaquinho é um dos instrumentos favoritos e mais populares das rusgas minhotas, e, como estas e como o género musical que lhe é específico, tem carácter exclusivo e acentuadamente lúdico e festivo, com radical exclusão de usos cerimoniais ou austeros” (Oliveira, 1982, p.202).

Bibliografia
Oliveira, E. V. (1982). Instrumentos Musicais Populares Portugueses. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
Gouveia, F. Neves, J.A. (n.d.). Cavaquinho. Retrieved January 20, 2012, from http://www.guitarrasdeportugal.com/